LOUIS BRAILLE (1809 / 1852)- “O Menino que Trouxe Luz ao Mundo da Escuridão”.

Louis Braille nasceu em 4 de janeiro de 1809 no povoado de Coupvray, cerca de 40 quilômetros a leste de Paris.
Ficou cego no ano de 1812, com 3 anos de idade, devido a um acidente na
oficina do seu pai. Algum tempo depois uma infecção atingiu o outro olho
e ele perdeu completamente a visão com apenas 5 anos de idade.
Aprendeu a ajudar o pai na oficina, trazendo ferramentas e peças de
couro. Ia para a escola e todos se admiravam da sua memória. Mas ele não
estava feliz com os seus estudos. Queria ler livros. Escrever cartas,
como os seus colegas. Um dia, ouviu falar de uma escola para cegos. Aos
dez anos, Louis chegou a Paris, levado pelo pai e matriculou-se no
instituto nacional para crianças cegas.

Louis, que era o estudante mais jovem, foi se ajustando à escola, aos
professores, aos supervisores e aos colegas. Participava com entusiasmo
da recreação, gostava de música clássica, e apesar das condições do
ensino da música não serem ideais, ele tornou-se um excelente pianista e
mais tarde talentoso organista do órgão de Notre Dame das Champs.
Os estudantes sentiam, pelo tacto, as formas das letras e aprendiam as
palavras e frases. O jovem Louis descobriu que era um método limitado.
As letras eram muito grandes. Uma história curta enchia muitas páginas. O
processo de leitura era muito demorado.
O amor à música aguçou o seu desejo pela leitura. Queria ler também
notas musicais. Passava noites acordado, pensando em como resolver o
problema.
Ouviu falar de um capitão do exército, que tinha desenvolvido um método
para ler mensagens no escuro. A escrita noturna consistia em conjuntos
de pontos e traços em relevo no papel.
Procurou o capitão Barbier que lhe mostrou como funcionava o método. Fez
uma série de furinhos numa folha de papel, com um furador muito
semelhante ao que cegara em pequeno.
Louis Braille aprendeu com rapidez a usar o sistema. A escrita era
possível com uso de uma régua guia e de um estilete. Como o sistema de
Barbier apresentava uma série de dificuldades, como a impossibilidade de
se representar símbolos matemáticos, sinais de pontuação, notação
musical, acentos, números, além dos caracteres serem lidos com
dificuldade, Braille começou a estudar maneiras diferentes de fazer os
pontos e traços no papel. Passou noites experimentando incansavelmente
sobre a régua e o estilete que ele próprio inventou.
Aos 15 anos de idade inventou o alfabeto Braille, semelhante ao que é
usado hoje, um sistema simples em que usava 6 buracos dentro de um
pequeno espaço. Com esses 6 buracos dentro deste espaço, ele pôde fazer
63 combinações diferentes.

Cada combinação indicava uma letra do alfabeto ou uma palavra. Havia também combinações para indicar os sinais de pontuação.
Em 1827, Louis escreveu em Braille a "Gramática das Gramáticas". Em
1828, continuando seus estudos, ele aplicou seu sistema à notação
musical.
Em 1829, apresentou a primeira edição do "Método de Palavras Escritas,
Músicas e Canções por meio de Sinais, para uso de Cegos e Adaptados para
eles". No prefácio desse livro, Braille refere-se a Barbier: "Se nós
temos vantagens de nosso método sobre o seu, devemos dizer em sua honra
que seu método deu-nos a primeira idéia sobre o nosso próprio".

No instituto, o novo código só foi adoptado oficialmente em 1854, dois
anos após a morte de Braille, provocada por tuberculose em 6 de Janeiro
de 1852, com apenas 43 anos.
Na França, a invenção de Louis Braille foi finalmente reconhecida pelo
Estado. Em 1952, seu corpo foi transferido para Paris, onde repousa no
Panthéon.

Os livros puderam fazer parte da vida dos cegos. Tudo graças a um menino
imerso em trevas, que dedicou a sua vida a fazer luz, para enriquecer a
sua e a vida de todos os que se encontram privados da visão física.
Para informações mais detalhadas consultar: http://www.deficientesvisuais.org.br/informacoes.php
Texto e Fotos: Net
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